Distribuição de cesta básica atrai servidores que não conseguiram as primeiras doações

Sem previsão de pagamento, os servidores estaduais começaram a última semana do ano em filas para receber mais cestas básicas. O dia mal tinha amanhecido e a servidora Adriana Cândido, de 49 anos, era a primeira da fila de doações. A técnica de enfermagem trabalhou por 23 anos no governo do estado, mas foi aposentada por invalidez há dois anos. É a segunda tentativa de receber ajuda com gêneros alimentícios básicos. Na quinta-feira passada, a senha de distribuição já estava esgotada e ela precisou passar a noite de Natal na casa da irmã para participar da ceia.

— É humilhante está passando por isso. Estou devendo dois meses de aluguel, enrolada com cartão de crédito e com empréstimo no banco. O 13º salário parcelado, você ainda aceita, mas agora sem salário de novembro e sem perpectiva. Estou ameaçada de despejo. No ano passado, eu doava cestas básicas, hoje estou aqui — lamentou Adriana.

Acompanhada do filho Rydan, de 5 anos, a funcionária da Secretaria de Planejamento (Seplag) Vânia Santos de Mattos, de 41 anos, pede ajuda até para a pagar passagem de ônibus, mas mesmo sem salário continua trabalhando.

Rydan, de 5 anos, filho da servidora Vânia, também recebeu a doação de um brinquedo Foto: Marcio Alves

— Este foi um Natal para esquecer. Todas as contas estão atrasadas como cartões de crédito, condomínio, e o IPTU que eu havia parcelado — disse Vânia, que levou o filho para receber a doação também de um brinquedo.

Integrantes do Movimento Unificado dos Servidores Públicos (Muspe) estão recebendo as doações e se reúnem para montar as cestas básicas na sede do Sindicato dos Servidores do Judiciário (SindJustiça-RJ).

 

Fonte: Extra

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