Pacientes e funcionários reclamam da falta de tomógrafos em funcionamento em hospitais do Rio

A crise na saúde do Rio revela mais um problema: a falta de tomógrafo nos hospitais da rede municipal. No Hospital Pedro II, em Santa Cruz, os pacientes sofrem para conseguir fazer o exame. “Atendimento horrível, zero. Quase quatro horas de espera e ninguém dá satisfação. Está um caos”, reclama um paciente. Uma mulher, que não quis se identificar, está acompanhando a mãe, internada há um mês. “Está morrendo gente. Os leitos daí de dentro estão sendo fechados por falta de pagamento. A sala amarela está entupida. Não tem tomografia, não tem ultrassonografia. Está precário o Hospital Pedro II”, disse a mulher.

A unidade sofre com a falta de insumos básicos e de remédios. Além disso, os médicos estão com salários atrasados. O tomógrafo está quebrado há oito meses. A Prefeitura do Rio afirma que uma peça importada quebrou e está em processo de licitação.

O Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, também na Zona Oeste, também não faz o exame. A unidade tem o aparelho, falta funcionário para fazer o trabalho. A Secretaria de Saúde afirmou que os radiologistas têm escala de plantão e atendem os casos mais graves e que já cobrou uma solução da Organização Social (OS) responsável por administrar a unidade para regularizar o serviço.

Ivan da Silva Ribeiro disse que o sogro teve um derrame e conseguiu fazer a tomografia. “Assim que ele deu entrada. Logo após, ele foi encaminhado para fazer a cirurgia”, destacou.

Funcionários, que não quiseram se identificar, contaram que, na semana passada, pacientes não conseguiram fazer tomografia. E que também não há ultrassom no hospital.

“Está faltando material. A emergência da maternidade não tem ultrassonografia para as pacientes. A gente está vindo trabalhar porque tem que vir, porque senão a gente é descontada”, lamentou uma funcionária.

O problema da falta de tomógrafo se repete nos hospitais Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, e no Souza Aguiar, no Centro. Lá, a Secretaria de Saúde nega, mas os funcionários afirmam que o equipamento está quebrado. Com isso, as unidades de saúde que estão fazendo os exames e atendimentos acabam ficando sobrecarregadas. É o que acontece, por exemplo, no Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste. O hospital estava lotado no domingo (10).

A técnica de enfermagem Rosiene Azevedo, foi com o pai para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Não conseguiu atendimento e foi no sábado (9) para o Albert Schweitzer, mas na manhã de domingo ainda esperava atendimento.

A prefeitura disse que cobrou uma solução da Organização Social que gerencia o Hospital Rocha Faria para que a escala de funcionários seja regularizada e o tomógrafo volte a funcionar.

 

Fonte: G1

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