Prefeitura do Rio suspende contrato com ONG que administra 8 abrigos na cidade

Pefeitura do Rio decidiu suspender os contratos com a ONG Inatos que administra oito abrigos para moradores de rua do município. De acordo com reportagem do RJTV, uma auditora da atual gestão da secretaria de Assistência Social, descobriu que nos últimos quatro anos os convênios da ONG, que somavam R$ 36 milhões, ganharam aditivos de 170% passando para quase R$ 100 milhões. Desse total, a prefeitura afirma que a maior parte do dinheiro, mais de R$ 82 milhões, foi paga pelo governo passado.

A secretaria diz que o dinheiro foi entregue para a Inatos sem que ela tivesse prestado contas ao município nos últimos cinco meses. A secretaria afirma que as ONGs só podem receber repasses da prefeitura mediante a prestação de contas, como determina o Tribunal de Contas do Municipio (TCM).

A secretária Teresa Bergher disse que a organização não apresentou a comprovação dos gastos."Ela não apresentou a planilha de gastos. Ela [Inatos] não presta contas desde setembro do ano passado e o mais curioso é que a gestão passada continuou passando os valores segundo a previsão do contrato. Ela [Inatos] precisa prestar contas de mais R$ 8,1 milhão, o que é uma fortuna e é dinheiro público", disse.

A reportagem não conseguiu contato com a Inatos e a antiga gestão da secretaria municipal de Assistência Social disse que está apurando o que ocorreu. A prefeitura deu prazo de 30 dias para a organização apresentar as explicações.

O projeto Rio Acolhedor, era administrado pelo Instituto Nacional de Assistência, Trabalho, Oportunidades e Saúde ( Inatos). Eles mantinham convênio com a prefeitura desde 2003, quando ainda se chamava Ciaca-Vila. No complexo de abrigos, em Paciência, na Zona Norte, 400 pessoas recebem atendimento, segundo o RJTV.

Um outro problema identificado foi que a entidade recebeu os pagamentos em dia, mas a administração dos abrigos não está em boas condições, como constatou a reportagem do RJTV. Os funcionário dizem que para não faltar comida e material de limpeza eles estão negociando com os fornecedores. As empresas alegam que a ONG tem uma dívida de R$ 380 mil. Os funcionários também dizem que estão com os salários atrasados.

 

Fonte: G1

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