Novo presidente do Previ-Rio alerta para pagamento de auxílio: ‘Não tenho dinheiro'

O presidente do Previ-Rio, Luiz Alfredo Salomão foi direto ao comentar sobre a concessão de 13 tipos de auxílios oferecidos pela Prefeitura do Rio aos servidores municipais.

Segundo ele, não cabe julgar se são justos ou não, diante do momento crítico que vivo o município, pois “todos estão previstos em lei”. A realidade, porém, aponta para tempos com pouca assistência.

— Eu não pago auxílio sem ter dinheiro. Não devo pagar com a taxa de administração que é repassada mensalmente do Funprevi, que é 1%. Isso foi feito no passado e hoje é questionado na Justiça. Essa taxa é específica para pagar o nosso custeio e os salários dos servidores do fundo. Se eu não tiver uma receita além da taxa de administração, não consigo pagar auxílio algum — explicou.

Segundo o Previ-Rio, foram concedidos em 2016 98.755 auxílios, com gasto de R$ 75 milhões. Alguns não serão mantidos, caso do Servidor Olímpico. Hoje, o fundo argumenta que auxílios como o para moradia e o de medicamentos estão com meses de pendência. Já o auxílio-educação e o material escolar não têm dívidas, pois novas inscrições não foram abertas.

Luiz Alfredo Salomão não quis apontar um prazo para que o município enfrente os mesmos problemas vividos pelo Rioprevidência, que deve aposentadorias e pensões a funcionários vinculados ao governo do estado. O presidente aponta o fundo estadual como o maior exemplo a não ser seguido para evitar atrasos e dívidas.

— O estado fez o seguinte: pensou que o Rioprevidência seria bancado eternamente pelos royalties do petróleo. Se isso não acontecesse, o Tesouro bancaria. Hoje, nem royalties nem o Tesouro bancam as aposentadorias e pensões. Aqui, nós precisamos ter opções, apresentar saídas — declarou.

Existe o temor, porém, diante da queda de arrecadação do município. Somente nos dois primeiros meses de 2017, a queda foi de 15% na receita, em comparação a 2016.

— O déficit que passei, de R$ 2,6 bilhões, equivale a 10% do Orçamento do município. Se a receita que está lá não aumentar ou cair, vai abrir uma boca de jacaré aí. Os nossos 10% vão se somar a outros buracos — alertou.

O presidente do fundo explicou que o Tesouro municipal é responsável por bancar as aposentadorias e pensões até quando for possível. Caso o contrário, atrasos devem acontecer.

 

 

Fonte: EXTRA

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