Servidores negociam com a prefeitura do Rio para reverter mudanças em benefícios

Integrantes do Movimento Unificado em Defesa do Serviço Público Municipal do Rio (MUDSPM-RJ) se reuniram, nesta segunda-feira, com o Previ-Rio, que gerencia o pagamento de benefícios aos servidores da prefeitura do Rio. Na mesa de discussão, pautas importantes foram levadas pelos representantes de dezenas de sindicatos, como as mudanças no abono permanência e a taxação de inativos. De acordo com Luiz Antônio Barreto, integrante do MUDSPM-RJ e presidente do Sindicato Carioca dos Fiscais de Rendas (Sincaf-Rio) uma das principais preocupações é a readequação do pagamento do abono permanência.

Segundo Barreto, a decisão da prefeitura em revogar um decreto de 2003, de autoria do então prefeito César Maia, que muda a forma como o benefício é pago, repercutiu de forma negativa entre os servidores, o que pode levar a uma aposentadoria em massa, e prejudicar várias áreas.

— A decisão teve muita repercussão e precisamos encontrar uma maneira de negociar com o Previ-Rio. Não faz sentido mudar um benefício, que já é de direito dos servidores, e que ainda pode causar danos para a prestação do serviço público, visto que milhares de servidores experientes podem resolver deixar a ativa de uma só vez — disse.

Conforme informou a Coluna, a partir de maio, os servidores da Prefeitura do Rio que usufruem do abono permanência não terão mais acesso ao benefício nos moldes atuais. Com a mudança, servidores que antes não eram descontados em 11% de contribuição previdenciária, e ainda recebiam o mesmo valor que seria taxado de volta perderão o benefício. Segundo o Previ-Rio, atualmente mais de sete mil servidores têm acesso ao abono.

Segundo a autarquia, com as mudanças, que incluem receber os 22% de contribuição patronal, cerca de R$ 187 milhões anuais serão arrecadados para os cofres do órgão. O valor vai para o fundo que faz o pagamento de aposentadorias e pensões, que tem déficit estimado para 2018 de R$ 277 milhões.

Ainda de acordo com Barreto, o Movimento Unificado apresentou ao Previ-Rio uma série de alternativas ao projeto da prefeitura que pretende taxas os servidores inativos do município em 11%. Uma das propostas é rever normas aprovadas na gestão do ex-prefeito, Eduardo Paes, que deram anistia a devedores da previdência municipal. Outra proposta, diz Barreto, é rever a questão do patrimônio imobiliário do Previ-Rio, que poderia gerar dinheiro para o caixa com venda ou aluguel.

 

Fonte: Extra

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