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Rio tem risco de epidemia de chikungunya, alerta subsecretário de Vigilância em Saúde

Pancadas de chuva diárias e altas temperaturas fazem desta época do ano o cenário ideal para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite dengue, zika e chikungunya. Não é à toa que o subsecretário de Vigilância em Saúde do governo do estado, Alexandre Chieppe, faz um alerta: os baixos números de notificação dessas doenças registrados no ano passado não descartam a possibilidade de uma epidemia de chikungunya neste verão. Segundo ele, é preciso redobrar a atenção com possíveis focos do mosquito.

— Há o risco de uma epidemia de chikungunya, isso não é possível descartar. O que resta a todos nós é intensificar as ações de prevenção, evitar a proliferação do mosquito para que não tenhamos um 2018 com dengue, zika e chikungunya — disse Chieppe.

Segundo o subsecretário, cerca de três mil casos de chikungunya, quatro mil de zika e dez mil de dengue foram notificados no estado durante o ano passado.

— O cenário de dengue hoje é, de certa forma, mais tranquilo, por conta da circulação do vírus da dengue, que é o mesmo desde 2011, intercalando o dengue 1 com o dengue 4. É muito pouco provável a entrada de um novo vírus. O que preocuparia seria a dengue 2 ou dengue 3. A secretaria vem monitorando — destacou Chieppe.

Em função da vulnerabilidade da população do estado ao vírus chikungunya, uma possível epidemia da doença é o que mais preocupa as autoridades sanitárias.

— No caso da dengue, os números registrados na segunda quinzena de dezembro nos dão um parâmetro do cenário que teremos durante o verão. Mas, no caso da chikungunya, é difícil prever porque nunca aconteceu. Além disso, é um vírus que se comporta de forma epidêmica, ou seja, provoca um número grande de casos num curto espaço de tempo. Por isso, os 92 municípios do estado possuem planos de contingência prontos, com ações de prevenção e assistência estruturados — afirma o subsecretário.

Chieppe alerta que esse cenário tranquilo pode mudar de forma radical caso a população relaxe na prevenção:

— O índice de infestação pelo Aedes está baixo, mas se as pessoas deixarem de eliminar possíveis criadouros do mosquito, isso pode mudar de forma muito rápida. O aumento da temperatura favorece a proliferação do mosquito, e as chuvas que acontecem de forma isolada, praticamente todos os dias, também favorecem o aparecimento dos criadouros, já que ele gosta de água parada.

Para conscientizar a população da importância de uma limpeza na casa e a remoção de locais que possam se tornar criadouros, o governo criou a campanha “Dez minutos contra o Aedes”.

— A campanha mostra que, em 10 minutos por semana, é possível livrar nossas casas de qualquer criadouro do mosquito. O vaso de planta, o vaso sanitário inutilizado, um balde num canto do quintal, um pneu, piscina, qualquer lugar que possa concentrar água parada pode ser um criadouro — alerta Chieppe.

Fonte: Extra

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