Marcelo Crivella culpa violência urbana pela lotação nos hospitais

O prefeito Marcelo Crivella lançou nesta segunda-feira uma plataforma integrada que facilitará o acesso ao prontuário médico dos pacientes da rede municipal. O site Prontuário Carioca permitirá o acompanhamento da evolução clínica pela própria pessoa. Ao comentar as lotações nos hospitais, o prefeito atribuiu à violência urbana o alto número de atendimento de feridos nos hospitais da cidade. Ele chamou as unidades municipais de "hospitais de campanha" — sistema hospitalar de militares em áreas de guerra.

— Nem a Síria dividida entre a guerra de xiitas e sunitas tem tantas pessoas baleadas como a cidade do Rio de Janeiro —  comentou Crivella.

Segundo o prefeito, a medida gera uma economia de R$ 45 milhões e vem sendo testada nos Hospitais municipais Salgado Filho, Lourenço Jorge, Miguel Couto e Souza Aguiar , além da maternidade Leila Diniz. O prontuário carioca se divide em dois módulos. Um chamado de Hospitalar, para os médicos, e o outro está disponível para os pacientes —  que terão acesso com uso de uma senha obtida com o cartão do SUS. Todo o histórico de medicamentos e exames feitos estarão disponíveis.

— Agora a etapa é de integrar a rede de Atenção Básica, no segundo semestre já devemos estar conseguindo fazer essa integração — explicou Leon Ayres, chefe da assessoria Técnica da Informação da Secretaria Municipal de Saúde.

Assim que os equipamentos dos laboratórios terminarem de processar amostras em análises, os resultados vão diretamente para a ficha do paciente. Um alerta será enviado para o telefone cadastrado fazendo que a pessoa tenha ciência de que o resultado está disponível.

O presidente da Federação Nacional dos Médicos, Jorge Darze, comentou a viabilidade do projeto:

— É um projeto coletivo, em que médicos e técnicos se uniram para melhorar a assistência da população carioca. Lamentavelmente ainda não tínhamos o serviço implantado na rede pública do Rio de Janeiro.

O Programa promete dar maior agilidade na verificação da evolução clínica das pessoas que procuram atendimento, incluindo medicação administrada, resultados de exames e internações anteriores.

Através da plataforma, dados de gestão estarão disponíveis para os gestores em tempo real com o custo de cada procedimento. A automatização também promete checar quantos leitos estão disponíveis em cada unidade.

— O projeto teve custo de R$ 800 mil no desenvolvimento e de mais R$ 6 milhões na implantação em 20 unidades da rede municipal - explicou Ayres.

O planejamento abrange também expansão para a rede de saúde mental. Os prontuários serão adaptados às necessidades específicas dos cuidados com esses pacientes. O cruzamento de informações dos diferentes tratamentos feitos pelo paciente, aproveitando os exames já realizados e evitando a repetição desnecessária daqueles que sejam comuns a vários protocolos clínicos.

 

Fonte: O Globo

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