Coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais podem fazer GLP, a hora extra da Educação

Os coordenadores pedagógicos e orientadores educacionais da rede estadual de Educação também poderão fazer a GLP (Gratificação por Lotação Prioritária) — a hora extra dos professores —, quando não estiverem exercendo suas funções principais. Dessa forma, esses servidores vão lecionar nas salas de aula. Foi o que informou o secretário da pasta, Pedro Fernandes, em entrevista concedida nesta terça-feira (dia 4) ao EXTRA:

— Muitos desses profissionais tinham a carga horária livre fora de suas funções e muitos deixavam de exercê-las justamente porque não podiam fazer a GLP, o que gerava uma carência dessas funções. Estamos fazendo essa concessão para atender a uma demanda.

Outra novidade é que o número de horas da GLP foi ampliado de 24 para 49 tempos. Com isso, um professor de menor carga horária, de 16 horas semanais, poderá ter o total de 65 tempos, sendo 49 por GLP.

O valor da hora extra teve um reajuste e foi de R$ 18,42 para R$ 24,66 a hora-aula. Assim, um docente de 16 horas que tem o vencimento de R$ 1.179 pode chegar ao salário R$ 5.993. Se decidir fazer 40 horas semanais, o salário desse professor chega a R$ 3.930.

— Para 2020, abrimos um banco de cadastro para os profissionais que querem fazer o GLP e já estamos com quase 12 mil professores interessados, uma procura maior do que a demanda que a gente tem.

O profissional que optar pela GLP vai ganhar a hora-aula dada. Fernandes contou que fez modificações no decreto da gratificação, porque alguns profissionais entravam na GLP no fim de dezembro e ganhavam o adicional no período de férias. A hora extra também será paga nos dias de feriados durante a semana e pontos facultativos.

— Não mudamos o valor global. Com essa mudança, vamos ter uma justiça maior para aqueles que trabalham na GLP o ano inteiro — explicou.

Concurso sairá em breve

O concurso público para a contratação de novos professores será feito ainda no primeiro semestre deste ano. As vagas serão para professores de disciplinas específicas e para a atuação nas regiões com maior necessidade de docentes no estado.

— Em várias regiões do estado, eu tenho sobra de professores. Em contrapartida, há regiões, como a Baixada Fluminense, que têm carência. O processo está sendo analisado pela Procuradoria-Geral do Estado, depois vai passar pelo governador e seguirá o trâmite de escolha da empresa que vai ser responsável pelo lançamento do edital.

Balanço de 2019

No ano passado, a maior causa de evasão escolar era o déficit de profissionais, o que gerava um desestímulo aos alunos. A Secretaria estadual de Educação informou que investiu R$ 110 milhões para mudar esse quadro, que saiu de 5% para 96% em relação à grade completa de docentes das escolas.

— Liberamos a GLP no início do ano, o que não era um padrão. Tivemos problemas pontuais porque todos os dias centenas de pessoas entram de licença, se aposentam e têm a necessidade de sair de sala de aula, mas a gente conseguiu avançar — disse o secretário.

Segundo ele, também houve avanço no quadro das equipes pedagógicas. A pasta elevou de 8% para 89% o número de escolas da rede estadual com as equipes completas.

— Quero chegar o mais próximo de 100%, mas não consigo resolver porque é preciso ter formação e perfil específicos para essas funções. Tenho que estimular quem eu tenho na rede para buscar esses profissionais. Então, estamos fazendo curso para turmas específicas de orientadores educacionais, em parceira com a Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) para formar esses profissionais que estão escassos na secretaria.

 

 

Fonte: Extra

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