Rio
inaugura Cidade da Música, mesmo sem sua capacidade
total
Três mil operários trabalham dia e noite
para abertura na quinta-feira (18).
Manutenção custará R$ 6 milhões
por ano. Concessão sofrerá ajustes.
Daniella
Clark
Do G1, no Rio
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Quem
caminha em meio à poeira, ao material de
construção e aos cerca de três
mil operários que trabalham dia e noite para
erguer a Cidade da Música, na Barra da Tijuca,
Zona Oeste do Rio, custa acreditar que a obra ficará
pronta a tempo.
A
inauguração da menina dos olhos do
prefeito do Rio, um dos projetos mais polêmicos
da era Cesar Maia, está marcada para a próxima
quinta-feira (18), após investimentos de
R$ 518 milhões e muita polêmica.
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A
Secretaria municipal de Cultura garante que o complexo cultural
estará pronto. Mas o público que for conferir
o concerto da Orquestra Sinfônica Brasileira, sob
a regência do maestro Roberto Mincsuk, verá
uma cidade em que parte do que está previsto no projeto
ainda não terá saído totalmente do
papel.
“A
cidade está pronta. Em alguns prédios da cidade
é que ainda faltam acabamento”, explica o secretário
municipal de Cultura, Ricardo Macieira.
A grande sala, considerada o coração da Cidade
da Música pelo secretário, vai estar operando
com a configuração apenas para ópera
e balé, semelhante à do Teatro Municipal,
no Centro do Rio.
"Nesta
sala você tem, para configuração sinfônica
e filarmônica, uma capacidade de 1.820 pessoas. E
essa configuração com a qual nós vamos
inaugurar, em que você não tem utilização
das torres móveis, nós vamos ter uma capacidade
para 1.228 pessoas que vão estar aqui no dia 18,
assistindo a um concerto belíssimo", explica
o secretário, garantindo que a obra vai estar finalizada
no dia 18.
Para
que a grande sala opere com suas três configurações,
serão necessários mais três meses de
testes de acústica e regulagem de equipamentos. Segundo
o secretário, no dia da inauguração,
ainda faltará finalização para 5% da
parte de urbanização. A sala de música
de câmara também ainda necessita de acabamentos.
Já o bloco comercial, que inclui cinemas, restaurante,
bistrô e midiateca, deverão ser finalizados
pelas empresas que assumirem a exploração
dos locais.
Secretário
quer gestão nas mãos da OSB
Segundo
o secretário, só para manutenção
– que inclui custos de água e luz, por exemplo
– a Cidade da Música deverá consumir
R$ 7 milhões por ano. De acordo com Macieira, a prefeitura
continua acreditando na concessão para gerir o empreendimento.
"É
preciso ajustar pequenos detalhes. Não tenho dúvidas
de que isso acontecerá para que a Cidade da Música
tenha a gestão mais adequada a ela. Torço
muito para que seja a Fundação Orquestra Sinfônica
Brasileira da cidade do Rio de Janeiro", disse.
Entre
os ajustes, estaria a manutenção da subvenção
paga pela prefeitura à fundação, de
R$ 6 milhões anuais, para pagamento dos músicos.
Prefeitura
vai disponibilizar ingressos
O
complexo cultural, batizado em homenagem ao jornalista e
empresário Roberto Marinho, conta com 90 mil metros
quadrados e terá, além das salas de concerto
e música de câmara, 13 salas de ensaio e salas
de aula. Do terraço, tem-se uma visão panorâmica
da região, que abrange a praia da Barra e a Baixada
de Jacarepaguá. Dois acessos subterrâneos por
carro e um para pedestres estão sendo finalizados
e unirão o Terminal Alvorada, na Avenida das Américas,
à Cidade da Música.
No
programa do concerto de abertura estão a IX Sinfonia
de Beethoven e o Hino Nacional de Osório Duque Estrada.
O compositor Edino Krieger também participará
do concerto, com uma composição inédita
criada especialmente para a noite. Foi preparada ainda para
dezembro uma programação de música
clássica.
Duzentos
pares de convite para cada apresentação serão
disponibilizados pela prefeitura. As inscrições
poderão ser feitas através do site www.rio.rj.gov.br/ingressos
a partir de 16 de dezembro, às 9h.
Fonte:
www.g1.com.br |