Filhos de funcionários do CAp entram com nota mínima e excluem até gabaritados

POR Maria Inez Magalhaes

Rio - O processo seletivo adotado pelo Colégio de Aplicação (CAp) da Uerj, no qual metade das vagas é reservada para filhos de professores e funcionários da universidade, está causando polêmica entre pais de alunos que não conseguiram vaga para o próximo ano letivo, como noticiou nesta quinta-feira o Informe do DIA.

O "vestibulinho" para o 6º ano do Ensino Fundamental classificou duas alunas que obtiveram 2,5 pontos — num total de 40 — em Matemática, e deixou de fora três candidatos que gabaritaram a prova.

A diferença é que os primeiros são filhos de funcionários e os que foram desclassificados vieram de famílias que não têm vínculo com a universidade.

Na média geral, somando as notas obtidas em Português, Matemática e Redação, os três alunos da comunidade externa garantiram 80.5, 81.5 e 83.5 — num total de 100.

As notas altas não foram suficientes para garantir as duas vagas, que ficaram para as classificadas na seleção interna. Estas duas obtiveram média 27,5 e 28. A quarta mais bem-colocada no concurso interno obteve apenas 6 em Redação, que valia 20 pontos.

Se fosse considerar média 50 para passar no exame, só três filhos de servidores estariam classificados. O filho de um professor chegou a tirar zero em Matemática. Nesse caso, ele foi eliminado.

“É revoltante e uma injustiça. Como uma criança tira 3 em Redação e é contemplada em escola tão disputada?”, questiona a jornalista Mônica Ribeiro, mãe de Giulia, 11 anos, que tirou 77 e não foi escolhida.

Os resultados estão disponíveis na página do colégio na internet (cap2013.uerj.br). Na seleção, 2.503 crianças cujos pais não trabalham na Uerj concorreram a 30 vagas.

Entre os filhos de funcionários, a disputa foi bem mais fácil: 43 candidatos brigaram por 30 lugares. Procurada por O DIA, a assessoria de imprensa da Uerj não se pronunciou sobre o assunto.

Universidades vão mal em índice do MEC

Quase três em cada dez instituições de Ensino Superior no país tiveram conceito insuficiente no Índice Geral de Cursos (IGC), que avalia a qualidade das graduações.

Conforme resultado apresentado ontem pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, das 2.136 universidades, faculdades e centros universitários avaliados em 2011, nove tiraram nota 1 e 568 levaram 2, em escala de 1 a 5.

Só 8,9% alcançaram 4 e 27 delas (1,3% do total) garantiram a nota máxima no IGC. Foi o caso da UFRJ, da Rural e da UFF que tiraram 5 em todos os cursos.

Foram avaliados 8.665 de ciências exatas, licenciaturas, cursos tecnológicos e processos industriais, informação e comunicação, infraestrutura e produção industrial.

 

Fonte: www.odia.com.br

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