Bastidores
das Eleições do CMAS/RJ
Por: Reinaldo Cunha
As últimas eleições do CMAS têm
sido bastante participativas, porém, esta última,
do dia 06/08/2007, foi muito além. Mais de 220
instituições participaram da votação.
Esse fato elevou o quorum, batendo um recorde até
então. Para esta votação, são
três segmentos escolhidos, além do governo
em órgão paritário. Elegem-se 20
conselheiros, sendo 10 titulares e 10 suplentes.
A participação da sociedade civil e dos
membros do governo num órgão colegiado permite
o controle social. Ao todo, são 40 membros, metade
indicada pelo governo e a outra eleita pela sociedade
civil. A próxima gestão, que tomará
posse em setembro, será o seu presidente indicado
pela sociedade civil, onde os eleitos na condição
de titular com direito a voto elegem o presidente.
As instituições eleitas - suplentes ou titular
- devem participar ativamente de todas as discussões
relativas ao conselho. A meu ver, isso contribui para
uma maior transparência do CMAS. Como toda eleição,
algumas proibições foram impostas pela Comissão
Eleitoral. Uma delas foi a proibição de
fazer boca-de-urna e fotografar a eleição
internamente.
Sobre essa rigidez, houve muita crítica dos candidatos.
Quanto à organização do evento, houve
uma pequena falha na contagem dos votos, o que elevou
os ânimos dos candidatos. Houve falta de energia
elétrica no Auditório do CASS, onde acontecera
a contagem dos votos. A solução tomada foi
a mudança de local para o sexto andar, sala de
reuniões dos conselhos municipais da SMAS.
A conferência dos votos foi feita manualmente pelos
membros da comissão, porém, com bastante
lisura. Em certo momento da conferência dos votos,
houve um clima de suspense toda vez que um voto era impugnado,
o que levou intervenções do plenário,
que solicitou a correção do rumo da mesa,
mas tudo aconteceu sem nenhum incidente.
Novos desafios serão colocados à nova gestão
eleita. Entre eles: a desburocratização
do acesso à inscrição das entidades
de assistência social; maior participação
das ONG’s na comissão de orçamento
e Fundo Municipal de Assistência Social; fiscalização
dos recursos do Fundo com assembléias permanentes
de prestação de contas; requisição
de diagnósticos para definição de
metas e prioridades na utilização de recursos
públicos; criação de novas políticas
que possam dar seqüência ao que foi aprovado
na 6ª Conferência Municipal de Assistência
Social; revitalização do Fórum Municipal
de Assistência Social; criação de
uma comissão de imprensa e a elaboração
de um site para o CMAS. Enfim, essa nova gestão
tem grandes desafios pela frente, a começar pela
unidade das forças e pela coerência de seus
propósitos.
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Reinaldo de Jesus Cunha